quarta-feira, março 29, 2006

Quiz

Ontem ouvi a seguinte frase na RTP:

"Este Barcelona é tipicamente uma equipa sul americana... sul americana e latina também!"

Quem terá sido o génio? Ora adivinhem lá!

terça-feira, março 28, 2006

I'M DEAD TOO

domingo, março 26, 2006

Concordo plenamente

Guitars look good. They look good, they make good sounds. You don't really need to sit down and learn to play the fuckin' thing. That would be three or four years of your life wasted. You should be doing a gig the day you get your first guitar.

quarta-feira, março 22, 2006

Save Me

Unholy
I feel sick and unholy
My soul don't want to know me
I've been living like dirt
Hey lover
I've been touched by another
I guess I'm blowing my cover
I guess I'm blowing my life
Oh save me
Nothing right for me lately
I was wrong but don't hate me
I've been doing it for myself


Acordei com este grande tema dos Jesus and Mary Chain.

quinta-feira, março 16, 2006

Bairrismo... talvez, mas qual ódio infundado?

Na sequência do meu último post, fui apelidado de bairrista e acusado de nutrir um ódio infundado por Lisboa. Se por um lado compreendo a expressão bairrista, a acusação de nutrir ódio por Lisboa, sinceramente, não deixa de me surpreender!
Embora não me sinta obrigado a fazê-lo, e apesar de considerar dispensável, julgo por bem deixar aqui alguns esclarecimentos:

Um indivíduo bairrista é aquele que defende entusiasticamente os interesses da sua terra natal sobrevalorizando-a às demais. Considerando que, relativamente a Lisboa, a cidade do Porto é, de facto, melhor, mais bonita, mais hospitaleira, mais genuína (e mais à frente passo a explicar o porquê da genuinidade do Porto em relação a Lisboa) e de ambiente mais caloroso, considero-me pois bairrista, uma vez que defendo verdades irrefutáveis. Aliás tenho todo o direito de o defender...

Quanto ao facto de nutrir ódio infundado por Lisboa... já há muito tempo que não me dirigiam uma acusação tão descabida. Em nenhuma linha do anterior post manfestei ódio por Lisboa. Limitei-me a constatar factos que devidamente classifiquei como incompreensíveis ao gene tripeiro. É o mesmo que um lisboeta considerar que o facto de eu proferir seis palavrões numa frase de sete palavras não ser a forma mais adequada de estabelecer comunicação. Compreendo... mesmo que considere tal opinião um tique abichanado.

Devo pois aqui sublinhar a diferença entre bairrista e provinciano.
Provinciano (ou parolo mesmo) é, na minha opinião, aquele que se deslumbra com terra alheia, que nega as suas raízes, seja ele de onde for... mesmo que natural do Porto. E é neste ponto que passo a explicar a genuinidade do Porto:
Não é a minha cidade que conta na maioria dos seus habitantes com pessoas provenientes de outras regiões. Não é a na minha cidade que as pessoas têm vergonha de revelar a sua proveniência, tudo fazendo por se afirmarem como naturais do local onde habitam. Não é o Porto que está infestado, há gerações, de parvos alentejanos, transmontanos, beirões e até durienses (sem desprezo pelas regiões citadas) que são os principais responsáveis pela velha e imbecil máxima - "Portugal é Lisboa e o resto é paisagem"! Quem me conhece sabe que é a essa gentalha que habitualmente apelido de alfacinhas. Ainda assim, devo sublinhar que a forma de ser e de estar dos lisboetas genuínos me provoca um certo "prurido cutâneo"( ao contrário de Lisboa, é raro encontrar no Porto alguém que conhece intimamente o actor x ou a actriz y ou que habitualmente janta e conhece os primos do apresentador de televisão z, mesmo que nunca os tenha visto pessoalmente).

Reafirmo que não sinto qualquer tipo de ódio por Lisboa. Não sou daqueles que defendem que o país deveria ser dividido. Se assim fosse o que seria de mim sem as reacções dos lisboetas à mínima provocação que lhes dirijo? Citando um habitual comentador de posts... é de estourar de gozo!! E aqui sublinho outra grande diferença entre um lisboeta e um portuense: a confiança em si mesmo...

À mínima provocação ou desdém sobre Lisboa, o lisboeta desespera, aponta o dedo ou tenta inverter a opinião manifestada sobre a sua cidade...

À mínima provocação ou desdém sobre o Porto, o portuense, mais confiante, responde com um simples:

- "Pensa o que quiseres... Quero mais é que tu te fodas!"

terça-feira, março 14, 2006

Desterrado

Acreditem... não é mau feitio! Há coisas em Lisboa que não fazem sentido, que não combinam com o gene tripeiro.
Dois dias na Latrina Capital não alteraram substancialmente a minha opinião sobre aquela cidade. Contudo, reconheço agora que tem alguns encantos... resta saber onde!
Desloquei-me àquele lugar propositadamente para ver a exposição de Frida Khalo no CCB. É bom, mas trata-se de uma mostra bastante reduzida.
Surpreendente é o facto da quantidade de gente que se desloca ao CCB para vêr Frida Khalo. Serão os liboetas assim tão interessados pelas artes plásticas? Ou será apenas o mediatismo a que a obra da pintora mexicana ficou sujeita nos últimos anos que motiva tal multidão? As minhas dúvidas à entrada do CCB dissiparam-se de imediato. Ou é de mim, ou os lisboetas não estão habituados a vêr exposições... Desde logo contrariam a básica regra de que uma obra de arte é para vêr e não para cheirar. Desconhecem o significado daquela linha habitual no chão das exposições? Ou é necessário colocar a frase "Não Passar Faxavor"? (O faxavor é linguagem lisboeta)



Continuando na saga das coisas incompreensíveis à mente tripeira... eis que, durante um final de tarde em Belém, sugerem-me uma visita a um determinado estabelecimento para saborear os pasteis típicos do local. Os famosos (?) Pasteis de Belém.
Entro no dito estabelecimento e sou confrontado com uma multidão histérica à procura de uma mesa, desesperada por um Pastel de Belém. Ao balcão não param de chover encomendas dos ditos pasteis. Eram filas intermináveis, de largos minutos de espera. Decidi saír, já não estava a suportar tamanha concentração de alfacinhas. Entrei num café ao lado, praticamente vazio... a montra estava repleta dos ditos pasteis. A questão é simples: Que raio de histeria é essa com uns míseros pasteis de nata? Reclamam a tipicidade de um doce numa puta de uma marginal de onde nem sequer é possível vêr a merda do rio? Reclamam a tipicidade de um vulgar pastel de nata acessível no mais foleiro dos tascos da cidade do Porto ou de qualquer ponto do país? Não me fodam... De uma cidade que nem sequer prato típico tem, já nada me surpreende...



Confesso, no entanto, que algo me surpreendeu. Jantei muito bem e fui atenciosamente atendido num restaurante do Bairro Alto.
Os donos do restaurante eram de... Ponte de Lima.

quarta-feira, março 08, 2006

Bella Gutman poderia ter dito...

Pois é meu, filho da puta...



Há dois anos não quiseste festejar...



Agora, sem nós...



Jamais festejarás!

quinta-feira, março 02, 2006

Cólera TV

Pequeno almoço num qualquer café do Porto com televisão sintonizada na TVI.
Um diálogo absurdo desvia a minha atenção da torrada e da meia de leite para o ecrã de televisão...
Um sujeito com ar de parvo marrão, com gravata cor-de-rosinha "a la Sócrates", logo abichanado (daqueles que quando andava na escola levava porrada de toda a gente) e uma gaja que, certamente, concluiu o curso de Comunicação Social porque queria aparecer na TV e entretanto fez uns favores ao chefe.
Uma notícia relacionada com qualquer coisa sobre cinema e um parvo comentário final dos dois pivots... Já não me lembro muito bem do conteúdo da conversa. Sei apenas que culminou com o beu-beu de gravata cor-de-rosinha a dizer que pagava as pipocas à colega...
(Comentário à mesa do tal café do Porto com a televisão sintonizada na TVI: "Vê-se logo que és rabeta" - eu era o único à mesa do tal café).



Eis que de repente, mesmo antes de um interminável curto intervalo do programita de informação matinal da TVI, surge em forma de quiz uma chamada de atenção para um dos temas que se seguia:

Era qualquer coisa do género:

Que epidemia está a alastrar em Angola?

a) Malária
b) Cólera
c) Tuberculose

Imaginei milhares de tugas que àquela hora eventualmente estariam a seguir a TVI.
Imaginei milhares de tugas ao pulos, radiantes, confiantes e com a auto-estima elevada.
Imaginei milhares de tugas felizes por terem acertado que há uma epidemia de cólera em Angola...

Chamam a isto informação...

quarta-feira, março 01, 2006

Pensamento de Março

O ser-humano tem problemas porque pensa.
Os animais têm problemas porque o ser-humano existe!