quarta-feira, novembro 02, 2005

Aristóteles e o Amor!

(Nota prévia: este post não é uma "chuchadeira" nem pretende recriar pensamentos de gajos que têm blogues de gajas)

Diz Aristóteles que "o amor é o sentimento dos seres imperfeitos, posto que a função do amor é levar o ser humano à perfeição". Acrescenta o filósofo grego que "ama-se mais o que se conquistou com esforço" e remata que "o amor é o estado em que melhor as pessoas vêem as coisas como realmente elas são."
Como poderemos então entender o amor na visão aristotélica das coisas?
Sou um leigo em pensamento filosófico, logo não poderei aqui desenvolver o tema "Amor" sob a capa da doutrina de Aristóteles:

Para Aristóteles, existem quatro causas implicadas na existência de algo:
A causa material (aquilo do qual é feita alguma coisa, como o vidro, por exemplo)
A causa formal (a coisa mesma, como um copo de vidro);
A causa motora (aquilo que dá origem ao processo em que a coisa surge, como as mãos de quem trabalha o vidro, por exemplo);
A causa final (aquilo para o qual a coisa é feita, como beber um copo de vodka, por exemplo).

Aristóteles distingue, também, a essência e os acidentes em alguma coisa.
A essência é algo sem o qual aquilo não pode ser o que é... é o que dá identidade a um ser.
O acidente é algo que pode ser inerente ou não ao ser, mas que, mesmo assim, não descaracteriza o ser por sua falta (a dimensão de uma bebedeira, por exemplo, é um acidente, pois uma grande bebedeira não deixará de o ser pela sua dimensão).




Como poderemos então explicar o Amor à luz do pensamento de Aristóteles? Talvez um especialista nos possa explicar!
Há contudo uma questão que se impõe: Porque razão esqueceu Aristóteles uma das máximas do seu professor Platão?:

"Amor: uma grave doença mental."

20 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Aristóteles e Platão além de serem compinchas nos copos, gostavam de acabar a noite acariciando a genitália um do outro...

3:27 da tarde  
Blogger Fil said...

«O amor é um sentimento dos seres imperfeitos...» um estado,onde se deixa de ver as coisas com clareza. Ficamos sugestionados pela imagem mental que criamos do outro, e que por vezes, o outro, deixa passar. Acabando desta forma com a visão racional e objectiva. Posteriormente e com o passar do tempo, conseguimo-la recuperar e aí descobrimos o belo traste que nos saiu na rifa. Nesta altura exclamamos:
«Amor: uma grave doença mental»

4:44 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

O Aristóteles é que a sab(ia)e toda!!!!

4:44 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Pouco comum, de facto, a temática filosófica neste blogue.
Não costumo subscrever teorias de conspiração, mas noto aqui mensagens subliminares...
Cheira-me que anda moura na costa... Noutra costa, claro...

7:02 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Como sabes isso, Xunguita?...

7:10 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

É apenas a mensagem subliminar do amor, RPS... Apenas isso :)

7:27 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

O Xunguita... Ficaste perturbada e nem o teu nome escreveste direito...

8:01 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

"O amor é fodido!"

9:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

"Amor: uma grave doença mental."
Não digo mais nada.

marta

9:51 da tarde  
Blogger Maria Heli said...

Barbed,
seja lá qual for a mensagem implicita gostei da reflexão...principalmente desse remate "durão".. sob capa platónica...

«o amor, seja lá o que isso for
é sempre uma mistura de feitiço e de ternura, com um pouco de suor". foi a última definição que li, por isso a sei de cor!

5:26 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Bravo Barbed!

Espero que a Maria tenha lido o capitulo 14.

6:25 da tarde  
Blogger Unknown said...

De facto o amor é um distúrbio mental ... Fazemos de tudo quando amamos certo? Até podemos matar pela pessoa como já chegou a acontecer ...
" O amor é um sentimento dos seres imperfeitos " daqui podemos retirar muitas conclusões... Nós somos imperfeitos porque amamos.. Aristóteles por um certo aspecto concordou com Platão...
Não tenho muitos argumentos ... Ainda dou uma miúda de 16 anos que não sabe nada de nada .

5:28 da tarde  
Blogger Unknown said...

Sou*

5:28 da tarde  
Blogger Unknown said...

Sou*

5:28 da tarde  
Blogger Alê said...

Amar segundo Lacan é dar o outro o que não se tem. Procuramos o tempo todo algo em alguém que preencha o vazio que nos é inerente, o outro também busca isso em nós, e essa dialética é o que sustenta a fantasia do amor. O problema é querer se haver com isso. Cobramos do outro o que ele não pode dar e nos colocamos nesse lugar de ser o complemento dele. O sofrimento é inerente ao amor na perspectiva que a nossa falta nunca será preenchida.

11:49 da tarde  
Blogger Unknown said...

De qual obra foi tirada essa frase em relação ao amor??

11:11 da manhã  
Blogger Unknown said...

Pelos devidos acontecimentos relacionado a o" amor" é muito difícil de aceitar que o amor existe de fato . Devido desrespeito !!!

4:38 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Parece que muitas pessoas enloqueceram nos comentários. Foi por causa do amor?

1:35 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Aristóteles poderia, de fato, ter sido um dos maiores filósofos e matemáticos de todos os tempos; mas pouco sabia, de fato sobre o amor. O que nós, pessoas que vivemos o mundo sabemos sobre o amor? O quão arrogantes nós seres humanos somos para saber descrever o amor, pura e simplesmente?
Todos acreditamos saber no que consiste o amor; mas nada sabemos sobre ele. Ao pensarmos na quantidade de mentes brilhantes que passaram neste mundo, quem realmente acertou? Aristóteles? Camões, Drummond, Chico Buarque? Ou será que algum outro Romântico o tenha feito? Ou talvez um Árcade?
Nunca saberemos, de fato, o que é o amor...
Basta sabermos que necessitamos dele para viver nossas vidas; basta apenas dizer que ele é um mal necessário; basta dizer que ele é o que nos define como humanos

7:26 da tarde  
Blogger Alguém said...

Para Aristóteles, o amor é um sentimento que leva pessoas imperfeitas a se tornarem melhores.

4:19 da tarde  

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