segunda-feira, agosto 22, 2005

Paredes de Coura

Se eu fosse "dread" começava por falar do local edílico (ou idílico, tanto faz) ou bucólico (e alcoólico) do recinto do festival, mais o rio, da relva (que, como sempre, ao segundo dia já não existe), mais a erva e o caralho, bla, bla, bla, caguei para essa merda... se é um festival é para falar de música, nada mais, estou farto de "dreadices" à volta dos festivais!

KAISER CHIEFS



Apesar da inexperiência e até de alguma ingenuidade e infantilidade, foi o primeiro grande momento do festival.
"Na na na na naa" abriu um concerto enérgico que só não foi arrebatador por causa da lesão, em palco, do vocalista. Logo no segundo tema, "Everyday I Love You Less and Less", após um salto mal calculado, Ricky Wilson torceu o tornozelo. Nada impeditivo. Apesar do esgar de dor, que só melhorou os gritos demenciais que abundam nas músicas dos Kaiser Chiefs, Wilson continuou a pular (só com um pé) por todo o palco. Uma actuação empolgante, o ritmo foi frenético, o som excelente, e ainda deu tempo para Wilson gozar os "dreads"(que têm a mania do paz e amor) obrigando-os a gritar Kaiser Chiefs com o braço estendido. Parecia uma plateia Nazi que nem percebeu que estava a ser gozada... enfim.
Uma nota - os Kaiser Chiefs cometeram um erro: esgotaram os três temas mais conhecidos nos primeiros vinte minutos, o que provocou um arrefecimento do concerto na parte final.
O balanço global é no entanto positivo. Kaiser Chiefs a rever... com os dois pés de Ricky Wilson no chão... ou no ar!

HOT HOT HEAT

Interessantes estes canadianos.
Animaram o público que começava, em plena luz do dia, a encher o recinto com a expectativa noutros canadianos, os Arcade Fire.
Hot Hot Heat, cumpriram, uma actuação serena com temas que misturam vários sons da pop alternativa dos anos oitenta - The Cure, Talking Heads entre outros. Acabaram com o tema "Goodnight, Goodnight" e acertaram. A noite foi grande!

ARCADE FIRE




Genial! Simplesmente genial! Não há outra palavra que possa definir o concerto dos Arcade Fire em Paredes de Coura.
Não caio no exagero de considerar os Arcade Fire a melhor banda do mundo. Não... não são, mas podem vir a ser! O tempo e sobretudo o segundo álbum o dirão.
O concerto dos Arcade Fire, superou as expectativas. Primeiro pela presença em massa dos festivaleiros. Nunca pensei que tanta gente estivesse no Alto Minho só para ver a actuação destes canadianos. Vi o concerto mesmo à frente, como gosto, e àquela hora, oito da noite, ainda havia alguém com pedal para me acompanhar!
Os Arcade Fire são músicos, verdadeiros músicos. São eles que fazem o sound check, minutos antes da sua própria actuação... não confiam em roadies. As primeiras palmas foram para o sound check.
Abriram com "Wake Up", e de facto, as cerca de 20 mil pessoas pessoas acordaram. O início foi um estouro, muita percurssão, violinos imparáveis, e guitarras em distorção, sempre em crescendo. Conseguiram levar o público quase à loucura e ainda não tinham iniciado o segundo tema, um dos mais conhecidos: Neighborhood#2 (Laïka)! Num frenesim total de som e histeria, os oito elementos da formação dos Arcade Fire, em concerto, trocam rapidamente de instrumentos. O baterista passa a baixista, o baixista passa a teclista, o baterista passa para guitarrista, o guitarrista vai para a percurssão, o percursionista pega no acordeão e a acordeonista assume o papel de front woman.
Desfilam músicas geniais, que só não foram perfeitas por causa de alguns defeitos no som, sobretudo na voz.
Alheios aos problemas, os Arcade Fire continuam e ouve-se o ritmo impaciente e a guitarra delirante de Power Out. Vinte mil cantam, vinte mil saltam... e terminam com Rebellion (Lies). O vocalista mergulha, com a guitarra, para o público.
"Excelente, excelente"... ouvia-se entre o público durante os cinco minutos em que Win Butler tentava regressar ao palco...


Nota - Os Pixies merecem um post único...

Até amanhã!

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Até que enfim! Esperemos então pelo post dos Pixies.

6:39 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Linha 1 a 6 - Sim, Fora, já sabes que aí estou plenamente de acordo contigo.
Linha 4 - Não, para a erva e o caralho é que eu não caguei...
Linha 9 - Grande faixa
Linha 11 e 12 - Uma faixa até fraquinha p'ra ter acontecido isso: podia ter sido no (...)Riot
Linha 17 - P que os p, esses tótós.
Linha 19 - Como é que iam perceber? Eles não cagaram p'ráquilo (ver linha 4)
Linha 30 - :-)
Linha 33 - Uma banda q promete
Linha 34 - Que inveja
Linha 36 - Não estaremos a exagerar um bocadinho?
Linha 39 - P que os p, também
Linha 42 - Grande RPS :-)
Linha 44 e 45 - Ainda não têm pasta
Linha 46 - Acho que os udois ouvem essa música antes de entrarem em palco, incluindo agora em Alvalade WC PATO XXI
Linha 60 - Grande Faixa
Linha 62 - Afinal, já têm alguma pasta
Linha 65 - Aposto que merecem!!!
Linha 66 - Inté

8:56 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Vá lá... Afinal, não era só no teu tempo que valia a pena...

3:43 da tarde  

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