Isto sim... é virtualmente irreal

"Vai aguardar julgamento em liberdade o casal detido pela Judiciária de Coimbra que terá lesado o Estado em cerca de 11 milhões de euros através de empresas de informática que funcionavam como uma capa para encobrir negócios ilícitos.
Os suspeitos, residentes na zona de Viseu, vão ser acusados de fraude fiscal qualificada, falsificação de documentos e burla qualificada. O casal encontra-se em liberdade depois do pagamento de cauções de 50 mil e 25 mil euros... terão que se apresentar periodicamente às autoridades..."

Os ladrões burlam o Estado em 11 milhões de Euros, são presentes a tribunal e aguardam julgamento em liberdade depois do pagamento de cauções com o dinheiro do... Estado que eles burlaram!!!
A justiça portuguesa permite situações destas!
Mais... não será de estranhar que, no julgamento, não seja comprovado o crime... logo terão que ser ressarcidos do pagamento das cauções e, certamente, ainda irão processar o ministério público... logo receberão mais dinheiro do Estado!

Inqualificável!

Uma razão para...

...gostar mais da obra de Andy Warhol do que de qualquer outro artista plástico:




Aproveitava reproduções da realidade, logo algo irreal, e transformava-as.
É... virtualmente irreal!

O dia está Pop Art!

Tio Andy deseja



Bom dia!

Para o Interrupto

"Acho a velocidade um prazer de cretinos. Ainda conservo o deleite dos bondes que não chegam nunca. "

Nelson Rodrigues (1912-1980)

Não vamos fugir...

Ao contrário do nosso amigo remendado, não tenho razões para fugir.
Se fosse remendado teria uma razão: vergonha!
Cidades não são rotundas...

Pensamento do dia!

"Mãos marotas são mãos felizes!"




Bom dia!

Em escuta

Any Minute Now - Soulwax
No Wow - The Kills
Guero - Beck
21 Singles - The Jesus and Mary Chain (claro)

Americanos inteligentes...

No dia em que é notícia a quebra de popularidade de Gorge W. Bush (está no nível mais baixo desde que chegou à Casa Branca, perdão, desde que os republicanos falsearam os resultados em 2000), fica aqui uma sugestão de visita:

www.moveon.org

Sempre há americanos inteligentes...

Saudades dos hipopótamos!

Bom dia! Eh, eh!

A morte do sono

Insónia
Adormecer
Sonho imbecil
Acordar repentino
Ritmo cardíaco forte
1.15
Dor de cabeça
Calor
Cobertores a mais
Esquerda
Direita
Esquerda
Adormecer
3.42
Acordar repentino
Sede
Água
Desconfortável
Adormecer
4.59
Acordar repentino
Escuro
Adormecer
5.55
Acordar


Maldita necessidade...

Dormir é um desperdício!

Noite mal dormida!

Bom dia!

Se hay gobierno soy contra!

Mais do mesmo...

Está aprovada, em Conselho de Ministros, a primeira medida do governo Sócrates.
Em Junho avança o programa de apoio à integração de jovens licenciados em pequenas e médias empresas. Mil licenciados por ano, 10 milhões de euros de fundos públicos. O governo garante apoio a 100% à contratação directa e a 60% para estágios profissionais.
As questões que se colocam são as seguintes:

1 - Há alguma garantia de que os licenciados assegurem um lugar definitivo nas empresas onde são colocados?
2 - Depois dos contratos a prazo há garantia de efectividade?
3 - Está garantida uma eficaz fiscalização aos fundos distribuídos pelas empresas?
4 - O governo e as empresas asseguram o pagamento devido aos jovens licenciados?

O governo não esclarece!

Lembram-se dos estágios técnico-profissionais do tempo do Cavaco?

Brincadeiras Perigosas

Vi o filme oito anos depois...
Não é violência gratuita.
A violência extrema está presente, mas não é visível. Alimenta a imaginação.
Genial!





Ficha Técnica:
Realização - Michael Haneke
Argumento - Michael Haneke
Fotografia - Jürgen Jürges
Montagem - Andreas Prochaska
Elenco - Susanne Lothar, Ulrich Mühe, Frank Giering, Arno Frisch
Título Original - Funny Games

Col., 103 min., 1997 - Áustria

Palavra que se diz, beijo que se perde!

OS NOIVOS


"Quando Salviano começou a namorar Edila, o pai o chamou:

-- Senta, meu filho, senta. Vamos bater um papo.

Ele obedeceu:

-- Pronto, papai.

O velho levantou-se. Andou de um lado para outro e senta de novo:

-- Quero saber, de ti, o seguinte: esse teu namoro é coisa séria? Pra casar?

Vermelho, respondeu:

-- Minhas intenções são boas.

O outro esfrega as mãos.

-- Ótimo! Edila é uma moça direita, moça de família. E o que eu não quero para minha filha, não desejo para a filha dos outros. Agora, meu filho, vou te dar um conselho.

Salviano espera. Apesar de adulto, de homem-feito, considerava o pai uma espécie de Bíblia. O velho, que estava sentado, ergue-se; põe a mão no ombro do filho:

-- O grande golpe de um namorado, sabe qual é? No duro? -- E baixa a voz: -- É não tocar na pequena, não tomar certas liberdades, percebeu?
Assombro de Salviano: "Mas, como? Liberdades, como?".

E o pai:

-- Por exemplo: o beijo! Se você beija sua namorada a torto e a direito, o que é que acontece? Você enjoa, meu filho. Batata: enjoa! E quando chega o casamento, nem a mulher oferece novidades para o homem, nem o homem para a mulher. A lua-de-mel vai-se por água abaixo. Compreende?

Abismado de tanta sabedoria, admitiu:

-- Compreendi."


A SOMBRA PATERNA


"Na tarde seguinte, quando se encontrou com a menina, tratou de resumir a conversa da véspera. Terminou, com um verdadeiro grito de alma:

-- Muito bacana, o meu pai! Tu não achas?

Edila, também numa impressão profunda, conveio: "Acho".

-- Concordas?

Foi positiva:

-- Concordo.

Pouco antes de se despedir, Salviano batia no peito:

-- Dizem que ninguém é infalível. Pois eu vou te dizer negócio: meu pai é infalível, percebeu? Infalível, no duro "


O BEIJO


"Nesse dia, coincidiu que a mãe de Edila também a doutrinasse sobre as possibilidades ameaçadoras de qualquer namoro. E insistiu, com muito empenho, sobre um ponto que considerava importantíssimo:

-- Cuidado com o beijo na boca! O perigo é o beijo na boca!

A garota, espantada,protestou

-- Ora, mamãe!

E a velha:

-- Ora o quê? É isso mesmo! Sem beijo não há nada, está ,.tudo muito bem.
OK. E com beijo pode acontecer o diabo. Você é muito menina e talvez não perceba certas coisas. Mas pode ficar certa: tudo que acontece de ruim, entre um homem e uma mulher, começa num beijo! "


O IDÍLIO


"Foi um namoro tranqüilo, macio, sem impaciências, arrebatamentos. Sob a inspiração paterna, ele planificou o romance, de alto a baixo, sem descurar de nenhum detalhe. Antes de mais nada, houve o seguinte acordo:

-- Eu não toco em ti até o dia do casamento.

Edila pergunta:

-- E nem me beija?

Enfiou as duas mãos nos bolsos:

-- Nem te beijo. OK?

Encarou-o, serena:

-- OK.

Dir-se-ia que este assentimento o surpreendeu. Insinua:

-- Ou será que você vai sentir falta?

-- De quê?

E Salviano, lambendo os beiços:

-- Digo falta de beijos e, enfim, de carinho.

Sorriu, segura de si:

-- Não. Estou cem por cento com teu pai. Acho que teu pai está com a razão.

Salviano não sabe o que dizer. Edila continua, com o seu jeito tranqüilo:

-- Sabe que essas coisas não me interessam muito? Eu acho que não sou como as outras. Sou diferente. Vejo minhas amigas dizerem que beijo é isso, aquilo e aquilo outro. Fico boba! E te digo mais: eu tenho, até, uma certa repugnância. Olha como eu estou arrepiada, olha, só de falar nesse assunto! "


O VELHO


"Desde menino, Salviano se habituara a prestar contas quase diárias ao pai, de suas idéias, sentimentos e atos. O velho, que se chamava Notário, ouvia e dava os conselhos que cada caso comportava. Durante todo o namoro com Edila, seu Notário esteve, sempre, a par das reações do filho e da futura nora.
Salviano, ao terminar as confidências, queria saber: "Que tal, papai?". Seu Notário apanhava um cigarro, acendia-o e dava seu parecer, com uma clarividência que intimidava o rapaz:

-- Já vi que essa menina tem o temperamento de uma esposa cem por cento. A esposa deve ser, mal comparando, e sob certos aspectos, um paralelepípedo.
Essas mulheres que dão muita importância à matéria não devem casar. A esposa, quanto mais fria, mais acomodada, melhor!

Salviano retransmitia, tanto quanto possível, para a namorada, as reflexões paternas. Edila suspirava: "Teu pai é uma simpatia!". De vez em quando, o rapaz queria esquecer as lições que recebia em casa. Com uma salivação intensa, o olhar rutilante, tentava enlaçar a pequena. Edila, porém, era irredutível; imobilizava-o:

-- Quieto!

Ele recuava:

-- Tens razão!"


CATÁSTROFE


"Um dia, porém, o dr. Borborema, que era médico de Edila e família, vai procurar Salviano no emprego. Conversam no corredor. O velhinho foi sumário:
"Sua noiva acaba de sair do meu consultório. Para encurtar conversa: ela vai ser mãe!". Salviano recua, sem entender:

-- Mãe?!...

E o outro, balançando a cabeça: "Por que é que vocês não esperaram, carambolas? Custava esperar?". Salviano travou-lhe o braço, rilhava os dentes:
"De quantos meses?". Resposta: "Três". Dr. Borborema já se despedia: "O negócio, agora, já sabe: é apressar o casamento. Casar antes que dê na vista". Petrificado, deixou o médico ir. No corredor do emprego, apertava a cabeça entre as mãos: "Não é possível! Não pode ser!". Meia hora depois, desembarcava e invadia, alucinado, a casa do pai. Arremessou-se nos braços de seu Notário, aos soluços.

-- Edila está nessas e nessas condições, meu pai! -- E, num soluço mais,fundo, completa: -- E não fui eu! Juro que não fui eu!"


MISERICÓRDIA


"Foi uma conversa que se alongou por toda uma noite. No seu desespero inicial, ele berrava: "Cínica! Cínica!". E soluçava: "Nunca teve um beijo meu, que sou seu noivo, e vai ter o filho do outro!". O pai, porém, conseguiu, após poucos, aplacá-lo. Sustentou a tese de que todos nós, afinal de contas, somos falíveis e, particularmente, as mulheres: "Elas são de vidro", afirmava. Alta madrugada, o pobre-diabo pergunta: "E eu? Devo fazer o quê?". Justiça se lhe faça - o velho foi magnífico: "Perdoar. Perdoa, meu filho, perdoa!". Quis
protestar: "Ela merece um tiro!". Mais que depressa, seu Notário atalha:
-- Ela, não, nunca! Ele, sim! Ele merece!

-- Quem?

Baixa a voz: "O pai da criança! Esse filho não caiu do céu, de pára-quedas!
Há um culpado". Pausa. Os dois se entreolham. Seu Notário segura o filho pelos dois braços:

-- Antes de ti, Edila teve um namorado. Deve ter sido ele. Se fosse comigo, eu matava o cara que...

Ergue-se, transfigurado, quase eufórico: "Tem razão, meu pai! O senhor sempre tem razão!"."


O INOCENTE


"Pôde, assim; desviar da noiva o seu ódio De manhã, passou pela casa de Edila.
Com apavorante serenidade, em voz baixa, pediu o nome do culpado. Diante dele, a garota torcia e destorcia as mãos: "Não digo! Tudo, menos isso!". Ele sugeria, desesperado: "Foi o Pimenta?". O Pimenta era o antigo namorado de Edila. Ela dizia: "Não sei, não sei!". Salviano saiu dali certo. Procurou o outro, que conhecia de nome e de vista. Antes que o Pimenta pudesse esboçar um gesto, matou-o, com três tiros, à queima-roupa. E fez mais. Vendo um homem, um semelhante, agonizar aos seus pés, com um olhar de espanto intolerável, ele virou a arma contra si mesmo e estourou os miolos. Mais tarde, desembaraçado o corpo, foi instalada a câmara-ardente na casa paterna. Alta madrugada, havia, na sala, três ou quatro pessoas, além da noiva e de seu Notário. Em dado momento, o velho bate no ombro de Edila e a chama para o corredor. E, lá, ele, sem uma palavra, aperta entre as mãos o rosto da pequena e a beija na boca, com loucura, gana. Quando se desprendem, seu Notário, respirando forte, baixa a voz:

-- Foi melhor assim. Ninguém desconfia. Ótimo.

Voltaram para a sala e continuaram o velório."

Nelson Rodrigues (1912-1980)


(Obrigado S)

No more rainy days!

Chove... mas há interrupções!
Sabem desde quando não chove a sério?
Sabem porquê?
Eu sei... mas não posso dizer!!

Bom fim de semana!

Beck voltou em grande!

Já saíu "Guero", o novo álbum de Beck.
O rock' n' roll "lo-fi" está de volta!

http://beck.com/

Anjo Pornográfico!

"Sou um menino que vê o amor pelo buraco da fechadura. Nunca fui outra coisa. Nasci menino, hei de morrer menino. E o buraco da fechadura é, realmente, a minha óticade ficcionista. Sou (e sempre fui) um anjo pornográfico."

Nelson Rodrigues (1912-1980)

Bom dia!

A não perder

Lou Reed - Casa da Música, Porto - 14 de Abril

Pixies - Festival de Paredes de Coura - 17 de Agosto

Remember indie? It was their fault!

First Issue

Virtually Unreal

Looking at the TeeVee
Maybe I should blow it away
Staring at the TeeVee
Maybe I should throw it away
Listen to the TeeVee
Maybe it's got something to say
Talking to the TeeVee
I'm really gonna blow it away
Blow it away
If you believe in EP King hey
That's okay just do your thing yeah
That's alright
That's alright
Looking for a sure thing
Maybe you can find it in me
Looking for a pure thing
Maybe you can find it with me
Nothing like a sure thing
Nothing like you thought it would be
If you need a pure thing
Maybe you'll be coming with me
Coming with me
If you believe in Jesus Christ hey
That's okay cause he's alright yeah
He's alright